Jorge Mateus de Lima nasceu no ano de 1895, em União dos
Palmares (AL). Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Logo após, com apenas
15 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador,
contudo, concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano,
estréia na literatura com o livro de características parnasianas “XIV
Alexandrinos”. Já formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua
em cargos políticos e como professor.
Jorge de Lima destaca-se nas artes plásticas, mas é na
literatura que é reconhecido como o “Príncipe dos poetas” através de um
concurso literário promovido por um jornal de Maceió, chamado Correio da Tarde.
Muda-se definitivamente para o Rio de Janeiro por motivo de
um atentado sofrido na porta do Liceu Alagoano, em 1931. Nesta cidade trabalhou
no Ministério da Educação e recebeu premiações, foi professor de literatura na
Universidade do Brasil e vereador da Câmara.
Após seu primeiro livro, o autor aproxima-se mais da estética
de sua época, o Modernismo. Em contato com outros autores regionalistas da
época, inicia a produção de poemas em versos brancos e livres em contraposição
à rigorosidade estética do Parnasianismo.
O contexto regionalista voltado à região do nordeste passa a
ser tema das obras do escritor. Não só pela posição geográfica deste local, mas
pelos problemas advindos deste fato, refletidos na paisagem e na figura das
personagens.
Logo após essa fase regionalista, Jorge de Lima volta-se à
poesia cristã e, juntamente com Murilo Mendes, escreve um livro cujo lema era a
restauração da poesia em Cristo, chamado Tempo e eternidade. Além deste, há
outros com a mesma temática: Túnica inconsútil e Anunciação e encontro de
Mira-Celi.
Em sua obra Livro de sonetos retoma as rimas e métricas em
alternância com os versos livres e brancos e mostra novamente sua vertente
social com a temática do nordestino e do negro, esta última muito bem retratada
em seu famoso poema “Essa negra Fulô”.
Outra obra que merece destaque é a Invenção de Orpheu, a qual
se distingue pela mesclagem entre métrica e versos brancos.
Jorge de Lima faleceu no Rio de Janeiro em 1953, aos 58 anos
de idade..
Vejamos um trecho de seus poemas
Vejamos um trecho de seus poemas
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