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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Jorge Mateus de Lima

Jorge Mateus de Lima nasceu no ano de 1895, em União dos Palmares (AL). Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Logo após, com apenas 15 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador, contudo, concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano, estréia na literatura com o livro de características parnasianas “XIV Alexandrinos”. Já formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua em cargos políticos e como professor.

Jorge de Lima destaca-se nas artes plásticas, mas é na literatura que é reconhecido como o “Príncipe dos poetas” através de um concurso literário promovido por um jornal de Maceió, chamado Correio da Tarde.
Muda-se definitivamente para o Rio de Janeiro por motivo de um atentado sofrido na porta do Liceu Alagoano, em 1931. Nesta cidade trabalhou no Ministério da Educação e recebeu premiações, foi professor de literatura na Universidade do Brasil e vereador da Câmara.
Após seu primeiro livro, o autor aproxima-se mais da estética de sua época, o Modernismo. Em contato com outros autores regionalistas da época, inicia a produção de poemas em versos brancos e livres em contraposição à rigorosidade estética do Parnasianismo.
O contexto regionalista voltado à região do nordeste passa a ser tema das obras do escritor. Não só pela posição geográfica deste local, mas pelos problemas advindos deste fato, refletidos na paisagem e na figura das personagens.
Logo após essa fase regionalista, Jorge de Lima volta-se à poesia cristã e, juntamente com Murilo Mendes, escreve um livro cujo lema era a restauração da poesia em Cristo, chamado Tempo e eternidade. Além deste, há outros com a mesma temática: Túnica inconsútil e Anunciação e encontro de Mira-Celi.
Em sua obra Livro de sonetos retoma as rimas e métricas em alternância com os versos livres e brancos e mostra novamente sua vertente social com a temática do nordestino e do negro, esta última muito bem retratada em seu famoso poema “Essa negra Fulô”.
Outra obra que merece destaque é a Invenção de Orpheu, a qual se distingue pela mesclagem entre métrica e versos brancos.
Jorge de Lima faleceu no Rio de Janeiro em 1953, aos 58 anos de idade..

Vejamos um trecho de seus poemas

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